Eu sou as minhas escolhas
“A vida é
feita de escolhas. Hoje, você faz suas escolhas, amanhã suas escolhas fazem
você. As escolhas que fazemos determinam a nossa vida.
Minhas escolhas no passado determinaram quem eu sou hoje, assim como as minhas
escolhas do presente, determinam quem eu serei no futuro, ou seja, o que você
escolhe hoje determina quem você é amanhã... Eu sou as minhas escolhas!”
Pati Geiger
Ø A escolha da profissão ainda é um dos grandes conflitos do final da
adolescência, escolher a profissão e carreira que se quer seguir por toda a
vida realmente não é fácil para quem está com 17 ou 18 anos. Por meio dessa afirmação
e de acordo com o texto e a tirinha acima, organize suas ideias e crie um texto
dissertativo sobre a escolha de uma profissão. Reflita como os jovens se sentem
na hora de escolher uma profissão, sobre as pressões sofridas por esses jovens
e a importância dessa escolha em meio a tantas opções.
Atenção:
Lembre-se dos elementos que compõem uma
dissertação;
Faça um texto de no mínimo 25 linhas e no
máximo 30;
Cuidado com paragrafação e margens;
Observe atentamente a ortografia e
pontuação;
Passe seu texto a limpo à caneta.
Avaliação de Produção Textual – 6º
ano
1º Trimestre
Nome:
____________________________________________ turma:____ turno: ___________
Profª Cristianne Elisney Data: 04/04/2012
NOTA:________
Valor:
10,0
Eu sou as minhas escolhas
“A vida é
feita de escolhas. Hoje, você faz suas escolhas, amanhã suas escolhas fazem
você. As escolhas que fazemos determinam a nossa vida.
Minhas escolhas no passado determinaram quem eu sou hoje, assim como as minhas
escolhas do presente, determinam quem eu serei no futuro, ou seja, o que você
escolhe hoje, determina quem você é amanhã...Eu sou as minhas escolhas!” pati Geiger
Ø O relacionamento entre pessoas é a forma como elas se tratam e se comunicam. Quando os indivíduos se comunicam bem, e o gostam de
fazer, diz-se que há um bom relacionamento entre as partes. Quando os
indivíduos se tratam mal, e pelo menos um deles não gosta de entrar em contato
com os restantes, diz-se que há um mau relacionamento. Por meio dessa afirmação
e de acordo com o texto e a tirinha acima, organize suas ideias e crie um texto
narrativo com os elementos propostos em sala de aula (narrador, personagens,
lugar, tempo, enredo). Relate fatos sobre a dificuldade das pessoas se
relacionarem ou sobre o bom relacionamento entre elas. Use a criatividade.
Atenção:
Lembre-se dos elementos que compõem uma
narrativa;
Faça um texto de no mínimo 25 linhas e no
máximo 30;
Cuidado com paragrafação e margens;
Observe atentamente a ortografia e
pontuação;
Passe seu texto a limpo à caneta.
Boa prova!!!
Avaliação de Produção Textual –
7ªsérie
1º Trimestre
Nome:
____________________________________________ turma:____ turno:___________
Profª Cristianne Elisney
Data: 04/04/2012
NOTA:________
Valor: 10,0
Eu sou as minhas escolhas
“A vida é
feita de escolhas. Hoje, você faz suas escolhas, amanhã suas escolhas fazem
você. As escolhas que fazemos determinam a nossa vida.
Minhas escolhas no passado determinaram quem eu sou hoje, assim como as minhas
escolhas do presente, determinam quem eu serei no futuro, ou seja, o que você
escolhe hoje, determina quem você é amanhã...
Eu sou as minhas escolhas!” Pati
Geiger
ØO cotidiano das grandes cidades
brasileiras é marcado por brutalidades dentro da própria casa e violências como
sequestros, roubos a bancos, a residências, a veículos, entre outros. A
população brasileira está sendo alvo desses tipos de crimes e outros que
mostram o quanto a violência vem se tornando um problema grave em nosso país.
Por meio dessa afirmação e de acordo com o texto e a notícia acima, organize
suas ideias e crie uma crônica.
Atenção:
Lembre-se dos elementos que compõem uma
crônica;
Faça um texto de no mínimo 25 linhas e no
máximo 30;
Cuidado com paragrafação e margens;
Observe atentamente a ortografia e
pontuação;
Passe seu texto a limpo à caneta.
Textos
para trabalhar SUBSTANTIVO
1º - A
terra sem nome
Era uma vez uma coisa onde as coisas
não tinham nome. E tudo o que se dizia era uma coisa só. Quando se ia à
coisa em que se compram coisas, veja só que coisa:
— Oi seu fulano! Me dá aquela coisa.
— Qual coisa?
— Aquela coisa que a gente serve para
usar a coisa.
— Tem tanta coisa que a gente usa,
que coisa você quer?
— Aquela!
— Mas, tem tanta coisa ali!!
— Aquela coisa, que tá junto daquela
outra coisa, entre aquela coisa e aquela outra coisa!!!
— Ihh... não tô entendendo coisa
nenhuma!!!
— Posso ir lá pegar a coisa?
— É... pode...
— É essa coisa aqui, ó!!
— Ah!! Eu achei que era a outra
coisa!
— Quanto custa?
— R$ 2,45.
— Obrigada!
Se você achou uma coisa de
louco, imagina só tentar chamar alguém...
Numa tranquila tarde, senhoras
reunidas para um chá:
— Ô senhora!
— Quem? Eu?
— Não! A senhora
ali!
— A ta, eu?
— Não! Ela!
— Eu?
— Eu?!
— Eu?
— Não, a senhora!
Um dia, resolveram dar nomes às
coisas e cada coisa passou a ter sua identidade, não só as coisas, mas também
as pessoas, animais, seres em geral. E a coisa onde as coisas não tinham nome
passou a se chamar lugar e aquela coisa onde se compravam coisas ficou
conhecida como mercado e as senhoras que tomavam chá passaram a se chamar
Maria, Joana, Fátima, Sara...
O que eu ainda não descobri é o nome
daquela coisa que serve para usar a coisa! Você sabe o que é? Então me diz
porque eu não aguento mais essa curiosidade!!!
- O texto possibilita a compreensão
da importância da classe gramatical em estudo. É interessante promover uma
leitura dramatizada. Em seguida, pode-se propor uma brincadeira em que cada
aluno receba um nome ou imagem de um substantivo e os demais deverão tentar
advinhar. Pode-se, por exemplo, sugerir que façam de três a cinco perguntas ao
aluno de quem se quer adivinhar o substantivo. As perguntas devem ser
elaboradas oralmente, de maneira que se possa responder apenas "sim"
ou "não". Finalizadas as perguntas, os alunos teriam três chances
para advinhar o substantivo. Caso já tenham noção das classificações do
substantivo, poderão usar também esses conhecimentos nas perguntas (Exemplos de
perguntas: É concreto? É composto? Usa-se na cozinha? Custa caro? A gente
sente? etc.)
2º texto
- Circuito fechado
Ricardo Ramos
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, telefone, agenda, copo com lápis, caneta, blocos de notas, espátula, pastas, caixa de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetos de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo. xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapos. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras, cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.
- O texto, todo construído com
substantivos, apresenta bastante coerência e possibilita diferentes abordagens.
- Pode-se selecionar as duas
primeiras frases e pedir que os alunos acrescentem artigos e adjetivos, por
exemplo;
- Pode-se selecionar alguma (s) frase
(s) e pedir que sejam acrescentados verbos e advérbios;
- Pode-se, ainda, apresentar alguns
contextos para que os alunos escrevam uma sequência de substantivos que remetam
a uma sequência lógica de acontecimentos. Exemplos: Uma pescaria, um passeio ao
zoológico, nascimento, namoro, primeiro emprego, etc.
3º
- Duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz
Passarinho na janela, pijama de
flanela, brigadeiro de panela.
Gato andando no telhado, cheirinho de mato molhado, disco antigo sem chiado.
Pão quentinho de manhã, dropes de hortelã, grito do Tarzan.
Tirar a sorte no osso, jogar pedrinha no poço, um cachecol no pescoço.
Papagaio que conversa, pisar em tapete persa, eu te amo e vice-versa.
Vaga-lume aceso na mão, dias quentes de verão, descer pelo corrimão.
Almoço de domingo, revoada de flamingo, herói que fuma cachimbo.
Anãozinho de jardim, lacinho de cetim, terminar o livro assim.
Gato andando no telhado, cheirinho de mato molhado, disco antigo sem chiado.
Pão quentinho de manhã, dropes de hortelã, grito do Tarzan.
Tirar a sorte no osso, jogar pedrinha no poço, um cachecol no pescoço.
Papagaio que conversa, pisar em tapete persa, eu te amo e vice-versa.
Vaga-lume aceso na mão, dias quentes de verão, descer pelo corrimão.
Almoço de domingo, revoada de flamingo, herói que fuma cachimbo.
Anãozinho de jardim, lacinho de cetim, terminar o livro assim.
Otávio
Roth
- Sugestão: Antes da leitura do
poema, o professor pode pedir a cada aluno simples que o deixa feliz. Se for o
primeiro dia de aula, o aluno poderá antes se apresentar.
- Em seguida, o professor poderá
analisar alguns aspectos do poema. Nos três primeiros versos, por exemplo,
percebe-se que o autor construiu o poema em torno de substantivos. Há algumas
locuções adjetivas (de flanela, de panela, de mato molhado, sem chiado, de
hortelã, do Tarzan) e adverbiais (na janela, de manhã) que caracterizam ou
localizam os substantivos que, segundo o poema, deixam o eu-lírico feliz. Isso
se mantém ao longo de todo o poema, e em alguns versos, o autor apresenta ações
simples que também lhe trariam felicidade, utilizando-se de verbos no
infinitivo e objetos diretos (Tirar a sorte no osso, jogar pedrinha no poço,
pisar em tapete persa, etc.)
- Vale observar que em cada verso há
três elementos principais e que a rima se dá dentro de cada verso (rimas
internas). Outro detalhe relevante é que cada elemento do verso é independente,
ou seja, são três elementos distintos, não há uma ligação ou continuidade entre
eles.
- Por fim, pode-se pedir que os
alunos criem - individualmente ou em dupla - um verso com uma coisinha simples
que traz felicidade. Devem estar atentos para manter a estrutura do poema
original. Depois, o professor pode escrever os versos criados no quadro, para
que o grupo analise, altere, aperfeiçoe, até que possam considerar o poema
finalizado. Então, pode-se confeccionar um cartaz ou até mesmo publicar o texto
coletivo em um blog ou rede social.

2º -
Cornita (Crônica)
- Pai, o que é cornita?
- Como é que se escreve?
- Ce, o, erre, ene, i, te, a.
O pai pensou um pouco. Não podia dizer que não sabia. O garoto há muito descobrira que o pai não era o homem mais forte do mundo. Precisava mostrar que, pelo menos, não era dos mais burros. Perguntou como é que a palavra estava usada.
- Aqui diz, “a cornita da igreja...” - respondeu o garoto.
- Ah, esse tipo de cornita. É um ornamento, na forma de corno, que fica do lado do altar.
- Pra que que serve?
- Pra, ahn, nada. É um símbolo.
- Ah.
- Pai, usei “cornita” numa redação e a professora disse que a palavra não existe.
- O quê? Mas que professora é essa?
- Ela diz que nunca ouviu falar.
- Pois diga para ela que “cornita”, embora não faça mais parte da arquitetura canônica, era muito usada nas igrejas medievais.
-Tá.
- Pai, a professora continua dizendo que “cornita” não existe. E diz que também não se diz “arquitetura canônica”.
- Preciso ter uma conversa com essa professora. Essa educação de hoje...
- Não quero discutir com a senhora. Mas também não quero ver meu filho duvidando do próprio pai. Para começar, minha senhora, aqui está o livro que meu filho estava lendo. E aqui está a palavra. “Cornita”.
- Deixe eu ver. Obviamente, era para ser “cornija”. É um erro de imprensa.
- O quê?
- Um erro de revisão. “Cornija”. Ornamentação muito usada na arquitetura antiga. “Cornita” não existe.
- Pai, vamos pra casa... .
- Um momentinho. Um momentinho! Claro que eu sei o que é “cornija”. Mas existem as duas palavras. “Cornija” e “cornita”. Duas coisas completamente diferentes.
- Então me mostre “cornita” no dicionário.
- Ora, no dicionário. E a senhora ainda confia nos nossos dicionários?
- Pai, vamos embora...
- O que é isto, pai?
- Um pequeno tratado que fiz para a sua professora, aquela mula, ler. Dezessete páginas. Pouca coisa. Nele, traço desde a origem etimológica da palavra “cornita”, no sânscrito, até a sua simbologia no ritual da Igreja antes do concílio de Trento, incluindo o número de vezes em que o termo aparece na obra de Vouchard de Mesquieu sobre a arquitetura canônica. E sublinhei “arquitetura canônica”, para a mula aprender a jamais desmentir um pai.
- Certo, pai.
- Pai....
- O que é?
- A professora leu o seu tratado.
- E então?
- Mandou pedir desculpas. Diz que o senhor é um homem muito etudito.
- Erudito.
- Erudito. Mandou pedir desculpas. A burra era ela.
- Está bem, meu filho. Pelo menos agora ela sabe com quem está tratando.
Valera a pena. Valera até as noites perdidas inventando os dados do tratado. Sabia que acabaria convencendo a mulher com um ataque maciço de erudição, mesmo falsa. Vouchard de Mesquieu. Aquele fora o golpe de mestre. Vouchard de Mesquieu. Perdera uma hora só para encontrar o nome certo. Mas estava redimido.
- Como é que se escreve?
- Ce, o, erre, ene, i, te, a.
O pai pensou um pouco. Não podia dizer que não sabia. O garoto há muito descobrira que o pai não era o homem mais forte do mundo. Precisava mostrar que, pelo menos, não era dos mais burros. Perguntou como é que a palavra estava usada.
- Aqui diz, “a cornita da igreja...” - respondeu o garoto.
- Ah, esse tipo de cornita. É um ornamento, na forma de corno, que fica do lado do altar.
- Pra que que serve?
- Pra, ahn, nada. É um símbolo.
- Ah.
- Pai, usei “cornita” numa redação e a professora disse que a palavra não existe.
- O quê? Mas que professora é essa?
- Ela diz que nunca ouviu falar.
- Pois diga para ela que “cornita”, embora não faça mais parte da arquitetura canônica, era muito usada nas igrejas medievais.
-Tá.
- Pai, a professora continua dizendo que “cornita” não existe. E diz que também não se diz “arquitetura canônica”.
- Preciso ter uma conversa com essa professora. Essa educação de hoje...
- Não quero discutir com a senhora. Mas também não quero ver meu filho duvidando do próprio pai. Para começar, minha senhora, aqui está o livro que meu filho estava lendo. E aqui está a palavra. “Cornita”.
- Deixe eu ver. Obviamente, era para ser “cornija”. É um erro de imprensa.
- O quê?
- Um erro de revisão. “Cornija”. Ornamentação muito usada na arquitetura antiga. “Cornita” não existe.
- Pai, vamos pra casa... .
- Um momentinho. Um momentinho! Claro que eu sei o que é “cornija”. Mas existem as duas palavras. “Cornija” e “cornita”. Duas coisas completamente diferentes.
- Então me mostre “cornita” no dicionário.
- Ora, no dicionário. E a senhora ainda confia nos nossos dicionários?
- Pai, vamos embora...
- O que é isto, pai?
- Um pequeno tratado que fiz para a sua professora, aquela mula, ler. Dezessete páginas. Pouca coisa. Nele, traço desde a origem etimológica da palavra “cornita”, no sânscrito, até a sua simbologia no ritual da Igreja antes do concílio de Trento, incluindo o número de vezes em que o termo aparece na obra de Vouchard de Mesquieu sobre a arquitetura canônica. E sublinhei “arquitetura canônica”, para a mula aprender a jamais desmentir um pai.
- Certo, pai.
- Pai....
- O que é?
- A professora leu o seu tratado.
- E então?
- Mandou pedir desculpas. Diz que o senhor é um homem muito etudito.
- Erudito.
- Erudito. Mandou pedir desculpas. A burra era ela.
- Está bem, meu filho. Pelo menos agora ela sabe com quem está tratando.
Valera a pena. Valera até as noites perdidas inventando os dados do tratado. Sabia que acabaria convencendo a mulher com um ataque maciço de erudição, mesmo falsa. Vouchard de Mesquieu. Aquele fora o golpe de mestre. Vouchard de Mesquieu. Perdera uma hora só para encontrar o nome certo. Mas estava redimido.
Luis Fernando Veríssimo
- Adoro esse texto! Encenei junto com
alunos do ensino noturno e foi muito legal! É um texto interessante para
introduzir o estudo do substantivo. Além disso, permite um interessante debate
sobre como aceitar que não sabemos de tudo ou sobre como o domínio da palavra e
o poder do convencimento podem ser definitivos para convencermos o receptor de
nossa mensagem.
Indicado do 3º ao 6º ano de
escolaridade.
O preço
de um cheiro
Um camponês foi à cidade vender seus
produtos. Ao regressar, parou em uma pousada para descansar.
— O que deseja? — perguntou o dono,
solícito.
— Um pouco de pão e vinho, por favor.
Enquanto o dono atendia ao seu pedido, o camponês passou a observar o local.
Havia no fogo uma carne que exalava um aroma irresistível.
Ele ficou com vontade de saborear o assado, mas não tinha tanto dinheiro...
Depois de um momento o dono da
pousada voltou para trazer-lhe o pão e o vinho. O camponês bebeu o vinho, mas
seus olhos não desgrudavam da carne suculenta. De repente, ele teve uma idéia:
colocar o pão no vapor que subia do assado, para umedecê-lo. No momento em que
ia experimentar o pão, foi interrompido por um grito:
— Você se acha muito esperto, não é?
— disse o dono, zangado. — Terá de me pagar por isso também!
— Eu não lhe devo nada além do pão e do
vinho — disse o camponês surpreso.
— E o cheiro da carne, não custa? —
retrucou o dono, zangado.
— O cheiro da carne? — repetiu o
camponês, espantado.
— Mas isso não custa nada!
— Como não custa nada? Tudo o que
existe aqui é meu, inclusive o cheiro do assado!
A discussão chamou a tenção de um
freguês.
— Quanto você quer pelo cheiro do
assado?
— Cinco moedas! — disse o dono,
satisfeito.
—Tenha dó! — exclamou o camponês,
tirando o dinheiro do bolso. — Isso é tudo que eu ganhei por um dia de
trabalho...
O freguês pegou as moedas do camponês
e sacudiu-as diante de todos.
— Ouviu isso? Pronto! Já está pago.
— Como assim, já está pago? —
admirou-se o dono.
— Por acaso este pobre camponês comeu
a carne? Não! Apenas sentiu o cheiro do assado. Para pagar pelo cheiro do
assado basta o som moedas!
Diante da risada geral, o dono da
pousada ficou sem razão e concordou em não cobrar nada do camponês. E pior:
ainda fez papel de bobo!
Conto popular
1) Assinale a frase que apresenta o
mesmo sentido de:
“A carne exalava um aroma irresistível.”
( ) A carne liberava um cheiro estranho.
( ) A carne liberava um odor insuportável.
( ) A carne liberava um odor agradável a que não se podia resistir.
“A carne exalava um aroma irresistível.”
( ) A carne liberava um cheiro estranho.
( ) A carne liberava um odor insuportável.
( ) A carne liberava um odor agradável a que não se podia resistir.
2) O dono da
pousada perguntou solícito: “O que deseja?”
Sabendo que solícito significa prestativo, prestimoso, pronto para servir, assinale o tom de voz que ele usou.
( ) áspero
( ) rude
( ) educado
( ) grosseiro
Sabendo que solícito significa prestativo, prestimoso, pronto para servir, assinale o tom de voz que ele usou.
( ) áspero
( ) rude
( ) educado
( ) grosseiro
3) Numere os fatos na ordem em que
aconteceram.
( ) O freguês explica que o camponês pode pagar o cheiro com o barulho das moedas.
( ) O dono da pousada cobra pelo cheiro da carne e o camponês se recusa a pagá-lo.
( ) O camponês coloca seu pão no vapor que sobe da carne.
( ) Um freguês ouve a conversa entre os dois homens e sacode as moedas do camponês.
( ) O camponês sente cheiro de carne assada.
( ) O freguês explica que o camponês pode pagar o cheiro com o barulho das moedas.
( ) O dono da pousada cobra pelo cheiro da carne e o camponês se recusa a pagá-lo.
( ) O camponês coloca seu pão no vapor que sobe da carne.
( ) Um freguês ouve a conversa entre os dois homens e sacode as moedas do camponês.
( ) O camponês sente cheiro de carne assada.
4) a) É correto pagarmos pelo cheiro
de algum alimento? Justifique.
b) E pelo aroma de um perfume, quando devemos pagar?
b) E pelo aroma de um perfume, quando devemos pagar?
5) Com base no texto, faça um
comentário sobre a atitude tomada pelo freguês que assistia à discussão do dono
da pousada com o camponês
6) Escreva ao lado de cada ação a que
personagem se refere.
Defendeu o camponês
Atendeu o camponês
Chacoalhou as moedas
Colocou o pão no vapor
Cobrou pelo cheiro
Bebeu o vinho
7) Passe o 6º parágrafo para o
plural.
- As atividades abaixo podem ser desenvolvidas com os tradicionais contos de fada infantis, com fábulas, crônicas ou outros textos narrativos.
Conto de
fadas para Mulheres do Século 21
1ª
atividade: Veja só que confusão! O texto
abaixo foi separado em várias partes e agora elas se misturaram. Sua tarefa é
colocá-lo em ordem.
Conto de fadas para mulheres do
século 21
(Luís Fernando Veríssimo)
Então, a rã pulou para o seu colo e
disse:
─ Linda princesa, eu já fui um
príncipe muito bonito. Mas, uma bruxa má lançou-me um encanto e eu
transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me
transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar
feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias
preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e
viveríamos felizes para sempre...
E então, naquela noite, enquanto
saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e
de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: 'Nem mor... ta!'.
Era uma vez, numa terra muito
distante, uma linda princesa, independente e cheia de autoestima que, enquanto
contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo
estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.
2ª
atividade: Imagine que você é um
jornalista de uma revista e foi escalado para entrevistar um dos personagens da
história que você acaba de ler.
Escolha o personagem e elabore as
perguntas para a sua entrevista. Depois, escolha um colega para respondê-las
como se fosse o personagem escolhido.
3º
atividade: Com as respostas obtidas,
escreva um texto sobre o personagem, descrevendo-o e contando um pouco sobre
sua vida.
Professor, nesse texto temos apenas dois
personagens. As atividades podem, portanto, ser direcionadas para a
personagem principal, aproveitando-se para discutir a questão de gênero, o
papel da mulher na sociedade moderna, o preconceito etc.
Produção
de texto a partir da observação de imagem
Observe atentamente a figura e pense
nas seguintes questões antes de escrever sua história:
- Que sentimentos essa imagem lhe
transmite?
- Quem é esse menino?
- Qual a sua idade?
- Como ele está vestido?
- Por que ele está descalço e
debruçado sobre a janela de um carro?
- Onde e como ele vive?
- Quais seus desejos e anseios?

Agora, escreva um texto em 1ª pessoa
em que essa criança se descreva física e psicologicamente e conte um pouco de
sua vida.
Interpretação
de texto
Continho
Era uma vez um menino triste, magro e
barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada de meio-dia, ele
estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um gordo
vigário a cavalo:
_ Você aí, menino, para onde vai essa
estrada?
_ Ela não vai não: nós é que vamos
nela.
_ Engraçadinho duma figa! Como se
chama?
_ Eu não me chamo não, os outros é
que me chamam de Zé.
(Paulo Mendes Campos. Crônica 1. São
Paulo: Ática, 2002.p.76)
1 – Ao copiar o texto, escolha um
título para o conto.
2 – O texto é narrativo. Por que é
possível fazer essa afirmação?
3 – Que tipo de narrador conta a
história?
4 – Que palavras nos permitem
descobrir o foco narrativo escolhido para narrar o continho?
5 – Quais são os personagens da
história?
6 – Que tempo verbal foi utilizado
pelo narrador? O que isso indica?
7 – Nos diálogos foi utilizado o
mesmo tempo verbal? Justifique.
8 – Em que ambiente se passam as
cenas?
9 – No texto foi utilizado o discurso
direto ou indireto? Explique.
10 – Reescreva o conto alterando o
discurso usado pelo narrador.
11– Transforme o texto em uma história
em quadrinhos.
Atividade
que envolve interpretação, raciocínio e interpretação.
Muito
legal!!!
DESAFIO
Você é um gênio? Ótimo! Então
descubra o ladrão.
A Alfândega do aeroporto de São Paulo
barrou cinco passageiros que iam viajar para o exterior. Um deles estava
disfarçado. Ele usava um nome falso porque estava sendo procurado pela polícia.
Os outros quatro passageiros eram profissionais em viagens de negócios. Observe
as fotos dos passaportes, leia as pistas e descubra o ladrão.

1. Um dos passageiros está disfarçado
e é o ladrão procurado pela polícia.
2. O advogado tem nariz grande, barba
e bigode. Usa boné e não está sorrindo.
3. O médico está próximo ao
cientista.
4. O pintor tem nariz grande, barba e
bigode. Usa boné e está sorrindo.
5. O cientista tem nariz grande,
barba e bigode. Não usa boné e não está sorrindo.
Quem é o ladrão?
A partir
da atividade, pode-se pedir aos alunos que criem individual ou coletivamente, a
história desse ladrão. Como roteiro para auxiliaf na produção podem ser
sugeridas os seguintes questionamentos:
Quem é esse ladrão? (Pode-se
trabalhar a descrição física e psicológica)
Onde e como vive?
O que roubou?
Onde aconteceu o roubo?
Como foi o assalto?
Quem testemunhou?
Por que ele estava tentando viajar
para o exterior?
Como ele foi descoberto?
Ele foi preso?
Como foi o desfecho da história?
Produção
textual
Atividade
indicada para o 2º segmento do Ensino Fundamental
Gênero
textual: Tirinha
1. Observe a tira e, depois, responda ao que se pede:

a) De acordo com a norma padrão, que
aprendemos na escola, como deveríamos escrever as palavras e expressões “pru que, ocê, tomá, faz mar”?
.......................................................................................................................................................
b) Por que o autor da tirinha
escreveu dessa forma tais palavras?......................
…..................................................................................................................................................................
c) A tira é engraçada porque Zé Lelé
faz confusão com os sentidos de uma palavra. Que palavra é essa e que confusão
o personagem faz?
................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................
d) O par de vocábulos em questão
apresente a mesma pronúncia e a mesma escrita, porém significados distintos.
Escreva duas frases em que duas palavras apresentem essa característica:
idênticas na escrita e na pronúncia, porém com significados completamente
diferentes.
….....................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
e) Há palavras que apresentam a mesma
pronúncia e significados diferentes e outras, ainda, que são muito parecidas na
escrita e na pronúncia. Nas frases abaixo, utilize a palavra em parênteses que
completa corretamente cada frase. Se necessário, consulte um dicionário.
a) Havia uma
....................................... na bandeja. (nós – noz)
b) Em quanto ficou o
.............................................. da TV? (concerto – conserto)
c) Os peixes
............................................. e estão boiando. (emergiram –
imergiram)
d)................................ os
olhos e adormeceu. (serrou – cerrou)
e) O preso encontra-se na
......................................... ao lado. (cela – sela)
f) Muitos perdem o
...................................... da realidade. (censo – senso)
g) Transmita-lhe meus
.......................................................... (comprimento –
cumprimento)
h) O motoqueiro
.................................................as normas do trânsito.
(infligiu – infringiu)
2. No Brasil, são muitos os costumes antigos que são passados de pais para
filhos, tais como a superstição que afirma que tomar leite e, em seguida,
chupar manga faz mal. Escreva um texto narrativo, na primeira pessoa, em que
apareçam algumas superstições que você conhece. Em seu texto deverão aparecer
todos os personagens abaixo:
Dona Firmina (avó centenária muito
sábia)
Setembrino (adolescente rebelde que
detesta o nome que herdou do avô)
Clodoaldo (vizinho mexeriqueiro que
se mete na vida de todo mundo)
Alice (adorável filha de Clodoaldo).
Obs.: O narrador deverá
obrigatoriamente ser um desses personagens.
Avaliação
aplicada em turmas de 7ª e 8ª séries - Produção textual
Gênero
textual: Conto
Leia a seguir um fragmento de conto:
Em
dezembro
“Em dezembro mangas maduras eram
vistas da janela – mas antes disso já tínhamos comido muita manga verde com
sal, tirado escondido da cozinha. [...]
— Quem comeu manga verde? Vamos,
confessa, já. Nenhum confessava: os dois de castigo.
Mostrei para Neusa a manga amoitada
no capim: começava a amarelar. Ela cheirou, apertou contra o rosto, me pediu.
— Dou um pedaço.
— Quero a manga inteira.
— A manga inteira não. Um pedaço.
[...]
— A manga inteira ou nada.
— Então nada.
Quando entrei na cozinha, Vovó estava
me esperando:
— Pode ir direto para o quarto, já
sei de tudo. Fiquei fechado de castigo até a hora da janta.
— Se tornar a comer manga verde, da
próxima vez vai apanhar é de vara, ouviu?
Quem apanhou de vara foi Neusa.
Cerquei-a no fundo do quintal com uma vara:
— Você enredou, agora vai pagar.
[...]
Ela pediu pelo amor de Deus.
Perguntei se ela gostava de mim. Ela disse que gostava. Pedi para ela dizer:
‘Eu te amo.’ Ela disse. [...] Eu falei que era mentira, que ela gostava é de
Marcelo. Então ela disse que era mentira mesmo, que tinha é nojo de mim, e eu
desci uma varada nas pernas dela. Em vez de correr, ela ficou parada, encolhida
contra o muro [...].
— Pede perdão, senão eu bato de novo!
[...]
Ameacei com a vara, mas ela só
chorava. Então bati de novo, e dessa vez ela nem se mexeu, como se não tivesse
sentido dor. Foi andando em direção a casa, e eu fiquei parado, vendo-a
afastar-se. [...]
Ao voltar para casa, deixei três
moranguinhos na mesinha do quarto onde ela, deitada, havia adormecido.
No dia seguinte recebi uma caixinha
embrulhada — dentro os três moranguinhos e um bilhete: ‘Eu gostava é de você
mesmo, mas agora nunca mais’.”
VILELA, Luiz. Contos da infância e
da adolescência. São
Paulo: Ática, 2001.
Luiz Vilela nasceu em Minas Gerais,
em 1942. Desde menino, lia muito. Então, um dia, depois de ler tantas
histórias, resolveu tornar-se um escritor: começou a escrever aos 13 anos. Sua
obra é composta por mais de 15 livros, entre novelas, romances e coletâneas de
contos. Em entrevista, afirmou: “Meus livros são o melhor de mim, são a marca
de minha passagem pela Terra, o meu nome escrito a canivete no tronco da grande
árvore da vida”.
1 - O texto acima é o fragmento de um
conto narrado em (?). O narrador é o (?), isto é, a personagem principal da
história: ele participa ativamente dos acontecimentos e é de seu ponto de vista
que tudo é observado e narrado. Chamamos esse tipo de narrador de(?).
As palavras que completam
corretamente a afirmação acima são:
a) 1ª pessoa, antagonista,
narrador-observador
b) 2ª pessoa, protagonista,
narrador-personagem
c) 3ª pessoa, secundário,
narrador-observador
d) 1ª pessoa, protagonista,
narrador-personagem
e) 3ª pessoa, protagonista,
narrador-personagem
2 - Que marcas gramaticais permitem
dizer em que pessoa um texto é narrado? Retire 3 exemplos do texto lido.
______________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________
3 - Transcreva uma frase ou expressão
que revelem impressões do narrador.______________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
4 - Reescreva o parágrafo sublinhado,
alterando o foco narrativo.
____________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
5 - Na maior parte de suas falas, o
autor utiliza os verbos no tempo (?), pois está narrando fatos que (?). Já o
tempo verbal utilizados nas falas dos personagens é o (?), já que se referem a
fatos que (?).
a) presente, estão acontecendo,
pretérito, já aconteceram.
b) pretérito, já aconteceram,
presente, estão acontecendo.
c ) futuro, irão acontecer, presente,
estão acontecendo.
d) presente, já aconteceram,
pretérito, estão acontecendo.
e) pretérito, estão acontecendo,
futuro, irão acontecer.
6 - Além dos verbos, há outras
maneiras de marcar o tempo em uma narrativa. Localize, no texto, uma palavra ou
expressão que indiquem tempo decorrido na narrativa.
____________________________________________________
7 - Nesse conto, o narrador tem
acesso aos pensamentos e emoções das outras
personagens?__________________________
a) Em que momento o narrador descobre
os verdadeiros sentimentos de Neusa em relação a ele?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b) Em sua opinião, por que ele não
acreditou quando ela disse, no quintal, que gostava dele?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
8 – No texto predomina o discurso
direto ou indireto? Justifique
____________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
9 – Reescreva o trecho abaixo,
modificando o discurso utilizado pelo narrador:
Quando entrei na cozinha, Vovó estava
me esperando:
— Pode ir direto para o quarto, já
sei de tudo. Fiquei fechado de castigo até a hora da janta.
____________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
10 - Supondo que o narrador também
gostasse de Neusa, imagine o que ele sentiu ao ler bilhete. Escreva um diálogo em
que o menino procure a amiga e tente resolver essa situação. Seu texto deverá
ter, no mínimo, 15 linhas e estar adequadamente pontuado.
Adoro
trabalhar esse poema!
Gênero
textual: Poema (lírico)
Drama
Eu sei que ela é como eu.
Afinal, a gente se conhece
desde o dia em que nasceu.
Pai vizinho, mãe comadre,
mesma rua, mesma infância,
mesma turma, mesma escola.
Eu sei que ela é como eu.
Brinquedos e jogos iguais,
passeios de bicicleta,
aventuras de quarteirão.
Repartidas descobertas,
segredos a quatro mãos.
Eu sei que ela é como eu.
E sei também, por saber
de idéia e de coração,
que por mais que ela disfarce
gosta de mim pra valer,
não como amiga ou irmã.
Então por que (eu pergunto)
faz de conta não querer
ser a minha namorada?
Sendo assim tão como eu
não é justo me trocar
por um idiota grandão,
só porque eu não sou mais velho
do que a nossa emoção.
Carlos Queiroz Telles
a) Sobre o que fala o poema?
b) Quantos anos você acha que tem o
eu-lírico (a voz que fala no poema)? Justifique.
c) Que frase é repetida em várias
estrofes? Por que você acha que isso acontece?
d) Os personagens do poema são
namorados? Como você percebeu?
e) Você já gostou de alguém que não
gostava de você? Como se sentiu?
f) A pessoa sabia de seu sentimento?
g) Que conselho você daria para o
menino do poema?
h) Coloque-se no lugar deste menino e
escreva uma carta de amor tentando conquistar o coração da garota amada.
Ilustre-a com capricho.
Indicada
para turmas das séries finais do 1º segmento e iniciais do 2º.
Gênero
textual: Fábula
Aluno
(a):
______________________________________
Nº_____
Turma: __________
A
descoberta

̶ Um animal pré-histórico! O mais terrível e o mais precioso dos animais
pré-históricos! Que vamos fazer? ̶ disse um dos caçadores.
̶ Vamos fazer o seguinte – sugeriu o outro caçador, preparando-se
para correr – Você fica aqui e aguenta o bicho, que eu vou espalhar a notícia
pela África inteira.
Millôr Fernandes, Fábulas
Fabulosas, Rio de Janeiro: Nórdica, 1991
1) Após ler o texto, responda atentamente
às questões propostas:
a) Há quantos personagens no texto?
___________________________________________________________________
b) Em que local se passa a
história?____________________________________________________________________
c) Se a sugestão dada pelo outro
caçador fosse aceita, o que você acha que aconteceria?
___________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________
d) Você teria aceitado aquela
proposta? _________________________________________________________________
e) Que resposta que você daria ao
outro caçador Escreva-a usando a pontuação adequada em um diálogo.
___________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________
f) Para que foi utilizado o travessão
no início do segundo e do terceiro parágrafos?
__________________________________________________________________________________________________
g) Em qual parágrafo encontramos
frases exclamativas e interrogativas?_______________________________________
2) No último parágrafo, além do
travessão que inicia a fala do personagem, há outros dois que servem para:
(__) Indicar o início da fala do
outro caçador.
(__) Introduzir um comentário do
narrador entre as falas do personagem.
(__) Apresentar um pensamento de um
dos personagens da história.
3) Imagine que você é um dos
personagens da história e está contando a um amigo tudo o que aconteceu naquele
dia. Reescreva a história na 1ª pessoa e complete-a contando como tudo terminou.
_______________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Primeiras
produções
Esse roteiro pode ser muito útil para
os primeiros trabalhos com produção textual em turmas de 2ª a 5ª série. O uso
de roteiros nas primeiras produções auxilia o aluno a organizar o texto em
parágrafos e lhe confere maior segurança.

Adoro
Luís Fernando Veríssimo!!!
Usei esta
atividade em minhas turmas do 2º segmento do Ensino Fundamental (5ª série). Nas
turmas mais avançadas usei apenas o texto e solicitei pesquisas sobre as
personalidades citadas (Neruda, Bilac, Fernando Henrique Cardoso) para que
descobrissem de quem se tratava e qual a importância de cada um em sua área de
atuação. Pedi também que pesquisassem a relação entre Fernando Henrique Cardoso
e o PT, citados no poema, justificando o espanto de um dos personagens diante
do elogio feito pelo outro.
Gênero
textual: Crônica
RIMAS
O homem chegou em
casa assustado:
- Está por toda a
cidade, é uma sina: todo mundo falando em rima.
- O quê? -
perguntou a mulher.
- Uma compulsão,
um vírus, algo no ar. Não diz mais nada sem rimar.
- Que absurdo -
disse a mulher - um vírus da rima, ninguém é obrigado a falar o que não quer,
seja homem ou mulher. Nenhuma lei... meu Deus, peguei!
- É na rua, é em
casa, é em todo lugar. Não se fala sem rimar.
- Mas é uma
barbaridade, ser poeta contra a vontade!
- Concordo, é um
absurdo. Mas o que fazer? Estou confuso.
- Só há um jeito
de se rebelar, resistir e não rimar...
- Como?
- Não falar.
- Mas como nos
comunicaremos, se não com as vozes que temos?
- Escrevendo, por
que não? Ninguém manda em nossa mão.
- Sei não, será
que muda? E se eu escrever como o Neruda?
- Não é hora pra
chilique. Pegue um papel, e olha a Bic.
O homem
experimenta escrever uma frase no papel. Depois recua, horrorizado.
- Estou quase
tendo um ataque. Escrevi como o Bilac!
- Será uma coisa
generalizada, que atingiu ate a empregada?
- Vamos ver se e'
ou não e'. Chame a Nazaré'.
A mulher chama a empregada.
- Nazaré, vem aqui
um minutinho?
- Já vou indo um
instantinho. Estou fazendo ensopadinho.
O homem e a mulher
se abraçam. É uma epidemia. A rima tomou conta do país. Mas por quê?
O homem tenta racionalizar.
- Tem que haver
uma razão, um motivo, uma explicação.
- Será que, de
repente, tem a ver com o presidente?
- Você quer dizer
o Maravilhoso...
- Quê?
-...Fernando
Henrique Cardoso?
- O Cardoso,
Maravilhoso? Me admira você, que votou no PT!
- Você não esta
entendendo? Eu não sei o que estou dizendo!
- Calma, não se
apoquente. Fale outra vez, pausadamente.
O homem faz um
esforço, mas não consegue.
- Maravilhoso.
Fernando. Henrique. Cardoso.
- Tente outra
rima, com urgência critica. Quem sabe 'horroroso', por uma questão de coerência
política?
- Não
consigo, não vê? Tente você!
- O...
- Sim?
- Esplendoro...
- Não!
- Fernando
Henrique Cardoso.
- Já vi, é uma
perfídia. Tudo culpa da mídia. Nós não estamos enfeitiçados, estamos é
condicionados.
- Há uma rima
oficial no país. Ninguém mais controla o que diz.
- Quem variar é
exótico, até impatriótico.
- Paciência,
relaxemos. Isso passa, esperemos...
- Eu ate diria assim:
rima melhor quem rima no fim.
Aparece a
Nazaré na porta da cozinha.
- A senhora
chamou? Aqui estou.
- Nada, nada,
Nazaré. O ensopadinho, de que é?
- De vitela
cortadinha. Batata, vagem e cebolinha.
- Parece uma
beleza, pode botar na mesa.
Luiz Fernando Veríssimo
1. O texto que você leu foi escrito
em prosa, isto é, dividido em parágrafos. Nele há personagens que dialogam.
Quem são eles?
______________________________________________________________________________________________________________________________
2. O homem chega em casa muito
aflito. Qual o motivo de tanta preocupação?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. Olavo Bilac foi um grande poeta
brasileiro que se preocupava em fazer poemas belos, com muita rima e perfeição.
Por que o homem se compara a Bilac?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. Segundo o texto, apenas aquela
família estava sofrendo a epidemia de rima? Copie um trecho que comprove sua
resposta.
______________________________________________________________________________________________________________________________
5. Por que a palavra Bic foi escrita
com letra maiúscula?
______________________________________________________________________________________________________________________________
6. Localize, no texto, 10 pares de
palavras que rimam.
Ensino
Fundamental - 1º segmento
Gênero
textual: Quadrinho
Excelente
para se trabalhar a produção textual tendo como tema o Meio Ambiente:

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